Eugène Green usou o lançamento de sua obra mais recente, o ótimo O Filho de Joseph, para criticar a produção cinematográfica de seu país. Segundo o realizador, as consequências da escala industrial do cinema francês atual são filmes sem identidade, esquemáticos, como que produzidos por um software. Pois Tal Mãe, Tal Filha sustenta essa tese não somente tendo a França como parâmetro, mas por ser comparável às comédias mais genéricas de Hollywood ou da Globo Filmes.Tal Mãe, Tal Filha aposta num humor bem simplório ao contar a história de Avril (Camille Cottin), uma mulher de 30 anos bem-sucedida, casada, responsável, que abriga em casa sua mãe e extremo oposto: Mado (Juliette Binoche), uma mulher sem emprego, sem perspectiva, sem juízo, como que sua idade mental tivesse sido interrompida ao ser abandonada pelo marido, aos 17 anos. Assim, se estabelece uma lógica de papéis trocados corrente...